terça-feira, 24 de junho de 2014

RESUMO: SOFRIMENTO E ESPERANÇA NO EXÍLIO - MILTON SHCWANTES



SOFRIMENTO E ESPERANÇA NO EXÍLIO
Para iniciar é bom entender que exílio na Bíblia, ocorre de duas formas: o na própria terra e o da deportação (que é diferente do que estamos acostumados a pensar, como no caso da escravidão).
Pensar que vivemos em exílio também nos dias de hoje parece um pouco exagero mas, vamos mais a fundo para traçar uma comparação no final. Tomo nota do autor Milton Schwantes e vale a pena pensar na situação:
“Estar em exílio é estar fora dos direitos básicos da vida. Milhões são os exilados.” (Pág. 10)


O destaque do livro é para o exílio da Babilônia, mesmo havendo analisado na história bíblica vários outros e mais cruéis que na babilônia, porque muito se é cantado e pregado sobre ele?
Os exílios anteriores ao da Babilônia, foram massacrantes, duros, cruéis, porém não duradouros. E até debaixo da descendência de Davi; o povo de Israel vivia em grande opressão.
Já na Babilônia, eles estavam juntos. Permaneceram em grupo e provavelmente foi bom para a sobrevivência deles. Sua cultura não foi totalmente abalada e nem tampouco perderam a fé em Javé.
Nesse caso, também, segundo os historiadores, escritores, cronistas do exílio, descrevem como o mais sofredor, talvez porque quem havia sido deportada era a elite de Israel, os nobres foram escravizados. O que eles faziam com o povo, foram obrigados a passar pelo mesmo. Foram forçados a trabalhar duro, de sol a sol. Em outros tempos, eles impunham o trabalho forçado aos seus súditos e agora, estavam experimentando do próprio veneno.
Penso que quando havia opressão sobre o povo e eles eram levados cativos ou mesmo humilhados em sua própria terra, com repressão e cenas de sangue com muita crueldade, não teve bastante destaque por causa da resistência deles. Lutas e fé em Deus para que Ele os livrasse daquela situação.
Outro assunto, eram as leis no Pentateuco e um pouco mais adiante a forma de como a sociedade vivia, não havendo necessidade de um Estado formado, bastavam as leis de Deus. O Senhor regia essa sociedade. Já havia dito Gideão em Juízes 8.23
“Não dominareis sobre vós e nem tão pouco meu filho dominará sobre vós. Javé vos dominará”
Percebe-se que enquanto Deus era o soberano nessa nação, eles poderiam até travar batalhas grandiosas e muito sofrimento mas, eram vitoriosos sobre o Poder de Deus.
Os exílios, que me consta, é que eram dados como castigo de Javé para o povo. O Pentateuco traz leis e orientações para o povo seguir sem a necessidade de formar um Estado, com o passar do tempo o povo de Deus exigiu um rei e entende-se que eles passaram a depositar sua confiança no homem, no rei, no chefe de Estado.
Também o povo de Israel desviava seus caminhos constantemente, e suas práticas desagradavam a vontade de Deu, ele era duramente reprimido, segundo os profetas que se levantavam. Principalmente Isaías, o qual passou tempos conscientizando o povo a se arrepender e voltar para o bem e revelando uma “luz no fim do túnel”, uma liberdade, uma Esperança.
A Esperança de um libertador, Servo vicário para tirá-los de uma vez por todas daquela situação, fazia com que o povo resistisse e tornava-os forte.
FIM DO EXÍLIO
Em 539, terminava o exílio. Neste ano, a Babilônia foi subjugada definitivamente pelos persas. Ciro, rei persa, foi triunfalmente recebido. Era uma nova época, e sobre seu reinado foi concretizado os projetos dos exilados.
Fiquei atento na leitura, que a maioria do povo de Deus permaneceu em Judá mesmo depois de ser destruída pelos babilônios, como observamos no início que muitos dos exilados eram os nobres. Ou seja, a minoria se deslocou para a Babilônia, talvez por uma escolha de não morar em escombros. Da minoria exilada, poucos retornaram à Palestina, poucos usufruíram da liberdade.
No pós-exílio os remanescentes exilados, escreveram a história como se todos os israelitas tivessem sido deportados, foi a visão deles para a história.
Foi marcante para eles, darem início a reconstrução do templo, que se tornou prioridade para formação da sociedade israelita, e mais, a lei tornou-se um estilo de vida dali para a frente.
O decreto de Ciro é apresentado como projeto persa, não vemos os exilados envolvidos na edição deste projeto. Também não significa que eles não estivessem por trás disso.
Apesar deste decreto persa, beneficiarem os exilados, a Palestina era interessante para eles. Não só deixaram que os exilados voltassem para lá e a reconstruisse por “bondade” mas, por interesse pessoal.
Lutamos por um novo Sião. empenhamo-nos por uma nova cidade. em diferenças às cidades que hoje massacram e sugam seus moradores, a nova cidade será transbordante. nela haverá lugar para as pessoas. os muros e cercas que defendem as propriedades patronais hão de cair.
A América latina foi transformada num vale de ossos. somos povos em pleno exílio. o massacre das nações indígenas clama aos céus. a espoliação das escravas e dos escravos, para cá deportados, ressoa nos porões dos navios negreiros e nos canaviais. (milton shcwantes – sofrimento e esperança no exílio)
Não poderia deixar de tirar essas anotações do autor que me tocaram como reflexão.

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