O
autor descreveu a palavra "Deus" como simplesmente uma palavra sem o
verdadeiro sentido e o que ela realmente representa, para mostrar como a
humanidade tem visto e dado pouca importância para o poder que essa pequena
palavra possui.
Ao que
nos dias de hoje, Deus representa religiosidade e menos do que foi no passado.
Como um ser com significados óbvios, sem interpretar a profundidade que a Bíblia quer nos mostrar e acabamos por
interpretá-lo somente como "Criador", "Todo-poderoso",
"provedor", "curador", etc . Atributos que todos conhecem e
representa somente isso na nossa vida, quando Ele é muito mais que isso. Pois
nossa mente humana é limitada demais para descrever sua totalidade, seu
sobrenatural, mesmo nós experimentando todos os seus feitos e ouvindo falar e
lendo tudo o que Ele fez no passado.
O que
se pode perceber é que, com o passar do tempo, com as mudanças sociais e o
avanço da tecnologia, muito têm-se distanciado do que era a fé nos tempos dos
patriarcas para os dias de hoje.
O Deus
do passado é o mesmo de hoje, e somente não temos mais tempo para experimentar
e mergulhar em sua profundidade.
Queremos
um Deus que atinja nossas perspectivas e sonhos e traçamos um perfil para Ele,
apenas do que Ele representa - no caso o abençoador .
A fé em Deus no antigo Israel era mais visível e mais
incessante, devido, talvez, pela falta de informações e "facilidades"
de conquista pessoal. Tudo era atribuído a Javé. E a vontade dele prevalecia na
vida das pessoas e da sociedade na época.
O jeito "fácil" de alcançar vitórias nos dias
atuais, em termos materiais, faz com que mesmo que o crente venha a testemunhar
em favor de Deus, que Ele "pelejou e foi a frente e abriu portas", no
íntimo acabam por detalhar os fatos, não observando o sobrenatural.
O que me chamou a atenção, e que foi uma descoberta
intrigante para mim, foi a suposição de que
na época eram as mulheres responsáveis pelo culto doméstico. São
assuntos escondidos em versos, que não temos a vontade de buscar, sondar a verdadeira
interpretação. Por isso, as escrituras do antigo testamento precisa ser
adaptado para os dias atuais, principalmente quando se fala em fé na família,
onde acreditamos que é a base para uma sociedade firme e sem problemas
psicológicos.
Com o avanço pós-moderno, a inserção de cultura de outros
povos (o que já acontecia no antigo testamento, quando Israel se afastava dos
planos de Deus para o povo) e a imposição de que direitos são iguais para
pessoas de ambos os sexos, acaba gerando o fim para a fé na família, e
consequentemente a distorção dos papéis de cada membro familiar, já que a
Bíblia nos mostra as funções bem definidas para cada um.
É certo que mesmo que se tenha passado mais de 2 ou 3 mil
anos, com as mudanças, e globalização à nossa porta e não vivamos nem mais como
no Império, deveremos ser mais do que apenas "exegetas com a função de ser
secretário particular de Deus nos púlpitos", teólogos leigos defendendo a
causa de Deus, num mundo onde tudo o que os cientistas e ateus querem é provar
o que não se conseguiu até hoje: "a farsa de um Deus supremo e milagres
inexplicáveis, origem de feitos sobrenaturais"
O nosso papel como teólogos e também
experimentadores da fé, é mostrar esse Deus fantástico que está pronto sempre
para ajudar o oprimido, levantar o deprimido (que pela hostil sociedade se
tornou), e admitir que somos medíocres em soberba e sabedoria humana. Levar as
pessoas a acreditarem não em grandes desejos (conf. Sl 131.1s, citado no
texto), e sim, em deitar-se e descansar no poder e no imensurável amor do
Todo-poderoso Rei do Universo e de toda criação.
É na preocupação com a formação social de grupos
primários como o indivíduo "tu" e da convivência humana
"normal" (pessoas morando sozinhas, pais solteiros criando seus
filhos sozinhos e relacionamentos homossexuais...) que deveríamos trabalhar a
importância teológica.
Acredito que seja do núcleo familiar que saem
pessoas que vão definir a sociedade, o Estado em sua moral, cultura e
ideologias.
Comecemos a trabalhar teologia em mudar o nosso
pensamento sobre Deus, para tentar preservar a civilização desse planeta,
começando pelo indivíduo a chegar num todo. Não de forma tão contextual para
não se amoldar ao mundo mas ecumênica.
Seca-se
a erva, e caem as flores mas a palavra de nosso Deus subsiste
eternamente."
Isaías 40:8
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